O BALATAU
Na solarenta manhã de 5 de outubro, chegava o mais famoso dos recreios no Roadway. Chegava o Balatau, o barco da eleição dos perdidos.
O comandante, um senhor de baixa estatura, e com um bigode tipo francês, onde muitos o chamavam de mestre navegador, outros diziam que o capitão do Balatau tinha um feitiço com os rios. Acreditavam que era um boto.
Mas, com a chegada do Balatau, estavam seis candidatos, um tinha certeza que não iria viajar por que tinha muito a fazer na cidade de Manaus, apostava que sua experência valeria muito agora, com o aprendizado de outras oportunidades na cidade. Quanto aos demais, três estavam inquietos não sabiam se ficariam na cidade, os outros dois sabiam de seu rumo pro barco, então nada mais que fazer uma gritaria sócio-comunista e ganhar uma lasca de ibope com o público nos debates da TV.
Na solarenta manhã de 5 de outubro, chegava o mais famoso dos recreios no Roadway. Chegava o Balatau, o barco da eleição dos perdidos.
O comandante, um senhor de baixa estatura, e com um bigode tipo francês, onde muitos o chamavam de mestre navegador, outros diziam que o capitão do Balatau tinha um feitiço com os rios. Acreditavam que era um boto.
Mas, com a chegada do Balatau, estavam seis candidatos, um tinha certeza que não iria viajar por que tinha muito a fazer na cidade de Manaus, apostava que sua experência valeria muito agora, com o aprendizado de outras oportunidades na cidade. Quanto aos demais, três estavam inquietos não sabiam se ficariam na cidade, os outros dois sabiam de seu rumo pro barco, então nada mais que fazer uma gritaria sócio-comunista e ganhar uma lasca de ibope com o público nos debates da TV.
Voltando aos outros três, cada um tinha seus trunfos e argumentos para não irem ao Balatau. O primeiro dizia que estava fazendo pela cidade o que não tinha sido feito pelos outros. O segundo afirmava que iria fazer em Manaus o que o seu chefe está fazendo no resto país. O terceiro defendia que governar a cidade só se fazia junto com o governador, que sozinho não teria como fazer.
Com o horário de saída programado para as 20 horas do porto para o lugar nenhum. O capitão achou melhor aguardar pacientemente a confirmação de quais os passageiros iriam pegar o Balatau. O dia passou, o resultado chegou e veio o anúncio dos passageiros com quatro baladas dos dois sinos do barco.
Os passageiros foram os dois sócio-comunistas, o homem que iria fazer o que o seu chefe está fazendo pelo país e o candidato que não iria fazer sozinho, só com o governador ao lado.
Na hora da partida o Balatau não iria com essa pequena quantidade de passageiros, levaria também os convidados dos passageiros, o que impressionou a quantidade de gente nessa viagem. Radialistas, gente da imprensa, personalidades das colunas sociais, uma carrada de assessores, cabos eleitorais, filho de desembargador eleitoral, quem diria que até dirigentes e o casal de um partido comunista foram nessa, no final da fila vinha o governador (nisso o candidato não foi sozinho, levou o governador junto, todo mundo que citei e algo mais) e o ministro que também fez muito na cidade, até intervenção.
O Balatau então seguiu o seu rumo, cheio, muito cheio, quase a Capitania dos Portos não liberava o recreio sair do Roadway, mas, logo o capitão do barco junto com o ministro resolveu o imbróglio.
Assim ficaram em terra: o que já fez, mas que tem muito a fazer na cidade e o que está fazendo (logo após a saída do Balatau, se cumprimentaram e trocaram amenidades). Ah! Quanto ao chefe daquele que iria fazer, ele não foi porque é o presidente, querido pelos dois candidatos que ficaram e pelo que foi junto com o governador e o ministro. O Balatau partiu, mas ele volta dia 31 para levar mais gente ao lugar nenhum.
texto cedido gentilmente por:
Johane
johanes@vivax.com.br
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