São Tomé (apóstolo)
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São Tomé o Apóstolo
A incredulidade de São Tomé, por
Caravaggio.
Tomé o Incrédulo, Tomé o Crente,
Dídimo.

Nascimento
?
Polêmicas
Especula-se muito de quem Tomé tenha sido irmão gêmeo, e alguns estudiosos chegam a supor que Tomé seja na verdade um pseudônimo atribuído a algum outro apóstolo, em vez de uma pessoa.
E logo disse a Tomé: "
Põe aqui o dedo e vê as minhas mãos; chega também a mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente". Respondeu-lhe Tomé: "Senhor meu e Deus meu! "João 20:28
Portal dos Santos Tomé, também chamado Tomás, Judas Tomé (Tomás), Judas Tomé (Tomás)
Dídimo,
Dídimo ou
Santomé, foi um dos doze
apóstolos originalmente escolhidos por
Jesus, segundo os
Evangelhos sinóticos e os
Atos dos apóstolos (
Mt 10:3,
Mk 3:18,
Lk 6:15) havendo pouco registro além.
Nome e identidade
Alguns
teólogos têm mantido discordâncias a respeito da verdadeira identidade de São Tomé.
Tomé não é propriamente um
prenome, mas sim a palavra equivalente a
gêmeo, vindo do
aramaico Tau'ma (תום), e posteriormente traduzida para o
grego Didymus. Essa palavra aparece composta com o prenome Judas nalguns trechos bíblicos. Muito se discute de quem esse Judas Tomé seria irmão
gêmeo. Outros, inclusive, acreditam se tratar de
Judas Tadeu, irmão de
Tiago Menor, tendo-se confundido-o com uma terceira pessoa apenas porque seu nome teria aparecido com a
alcunha Gêmeo algumas vezes em vez de Tadeu. Essa suspeita é reforçada por não haver um consenso histórico sobre quem seriam verdadeiramente os doze
apóstolos, havendo indicativos no
Novo Testamento sobre outros possíveis seguidores escolhidos por Jesus para ser um dos doze.
Um fato recente e muito curioso foi quando do
tsunami de
Dezembro de
2004 que devastou toda aquela região: o templo que guarda suas
relíquias ficou imune às ondas gigantescas que destruíram todas as construções adjacentes, tendo permanecido intacto. Uma antiga
tradição afirmava que um poste fixado pelo
apóstolo limitaria até o fim dos tempos as águas, que jamais o ultrapassariam. Este poste existe até os dias
atuais e se localiza
exatamente na porta principal da igreja que guarda suas relíquias. Isto deixou os sacerdotes
hindus desconcertados e os mesmos prometeram não mais perseguir e discriminar os
cristãos daquelas
plagas.
Outros nomes O
Evangelho de Tomé presente na
biblioteca de Nag Hammadi assim se inicia: Esses são os ditos secretos que o Jesus vivo disse e Judas Tomé
Dídimo registrou. Tradições
sírias também alegam que o nome completo do apóstolo era Judas Tomé, ou
Jude Tomé. Alguns dizem ter visto nos
Atos de Tomé (escrito na Síria oriental entre os séculos II e III) uma identificação de São Tomé com o apóstolo
Judas Tadeu, filho de Tiago. No entanto, a primeira frase desse
Atos segue os Evangelhos e os
Atos dos Apóstolos, distinguindo os apóstolos Judas Tomé e Judas Tadeu.
Poucos textos determinam o irmão
gêmeo de Tomé, apesar de que no
Livro de Tomé o Adversário, também integrante nos manuscritos de
Nag Hammadi, identifica-se Jesus como seu irmão: Agora, haja vista que foi dito ser tu meu
gêmeo e verdadeiro companheiro, examina-te a ti mesmo.
No Evangelho de João São Tomé aparece numas poucas passagens no
Evangelho de João. Em João 11:16, quando
Lázaro morre, os discípulos resistem à decisão de Jesus para que retornem à
Judéia, onde os
judeus tentaram apedrejar Jesus. O Mestre está determinado, mas é Tomé que toma a palavra final: Vamos todos, pois poderemos morrer com Ele. Alguns interpretam esse como uma antecipação ao conceito teológico
paulínio de morrer com Cristo.
Ele também fala na
Última Ceia em João 14:5. Jesus assegura seus discípulos que eles sabem aonde ele irá, mas Tomé protesta que eles não sabem de fato. Jesus
retruca a ele aos pedidos de
Filipe com uma complexa exposição de seu relacionamento com O Pai.
A aparição mais famosa de Tomé no Novo Testamento está em João 20:24-29, quando duvida da ressurreição de Jesus e exige que necessita sentir Suas chagas antes de se convencer. Essa passagem é a origem da expressão Tomé o Incrédulo bem como de diversas tradições populares similares, tal como Fulano é feito São Tomé: precisa ver pra crer.. Após ver Jesus vivo (a Bíblia nunca afirma ter Tomé tocado de fato as Chagas), Tomé professa sua fé em Jesus; a partir de então ele é considerado Tomé o Crente.
Epílogo
Da mesma forma que se acredita que
Pedro e
Paulo disseminaram as sementes do cristianismo pela
Grécia e
Roma,
Marcos pelo
Egito e
João pela
Síria e
Ásia Menor, Tomé teria levado a Palavra à
Índia, tendo sido o primeiro dos
Católicos do Leste. Como "prova" das passagens de São Tomé pelo mundo, são-lhe atribuídas formas e marcas em pedras que se assemelham a pegadas, algumas de tamanho gigantesco. É o caso, por exemplo, da lenda sobre a "pegada" no
Pico de Adão.
Ascenção de Maria
De acordo com A passagem de Maria, um texto da
Alta Idade Média atribuído a
José de Arimatéia, Tomé foi a única testemunha da Ascenção de Maria aos céus. Os outros apóstolos foram miraculosamente transportados a
Jerusalém para observar sua morte. Tomé, que já estava na Índia, após o funeral fora transportado à tumba dela, onde testemunhou o corpo de Maria subir aos céus, jogando-lhe seu cinto. Numa inversão à imagem de
ceticismo vinculada a Tomé, os outros apóstolos é que duvidaram de seu relato até verem a tumba vazia e o cinto. O recebimento do cinto por Tomé é representado várias vezes na arte medieval e pré-
Tridentina.
Síria Tomé tem um papel na lenda do rei
Abgar V de Edessa (
Urfa), por ter enviado
Tadeu de Edessa para pregar na cidade
mesopotâmica (hoje síria) de
Edessa após sua Ascenção.
Santo Efreu, que também conta essa lenda, escreveu uma fábula na qual o
demônio grita:
(...)A qual terra devo me refugiar do justo?
Eu instiguei a Morte para os Apóstolos assassinar, e por suas mortes eu de suas investidas escapar.
Mas fui duramente atingido: o Apóstolo que matei em Índia subjugou-me em Edessa; aqui e lá ele está em sua plenitude.
Lá fui eu, e lá estava ele: aqui e lá para minha aflição o encontrei.
A tradição mantida pela igreja de Edessa que afirma ser Tomé o Apóstolo da Índia gerou inúmeras fábulas também atribuídas a Santo efreu, copiadas em códices dos séculos VIII e IX. Referências nas fábulas preservam a crença de que os ossos de Tomé foram trazidos da Índia à Edessa por um mercador, e que as relíquias operam milagres tanto em Índia quanto em Edessa. Um pontífice determinou o dia dedicado ao santo e um templo a ele foi erguido. As tradições tomasianas ganharam corpo na liturgia siríaca.
Durante o
século IV, o memorial erguido no suposto local do martírio de Tomé atraiu peregrinos a
Edessa, para a veneração de seus restos. Nos anos de 380 d.C.,
Santa Egeria descreveu sua visita ao local em carta enviada à sua irmandade (
Itineraria Egeriae):
Nós chegamos em
Edessa em nome de Cristo nosso Senhor, e, em nossa chegada,
dirigimo-nos
diretamente à igreja e memorial de São Tomé. Lá, conforme os costumes locais, orações foram feitas e outras coisas costumeiras aos lugares santos; nós também lemos algo relevante a São Tomé em si. A igreja de lá é muito grande, muito bonita e
recém-construída, merecedora de ser a casa do Senhor, e como havia muito que eu desejava ver, foi-me necessário lá permanecer por três dias.
Índia
Eusébio de Cesareia[ cita
Orígenes como quem afirma ter sido Tomé o apóstolo dos
partos, mas Tomé é mais conhecido como missionário na
Índia por meio dos
Atos de Tomé, escrito entorno de
200.
As várias denominações da moderna da Igreja oriental dos
Cristãos de São Tomé atribuem suas origens à sua tradição oral, datada de fins do
século II, que alega ter Tomé chegado a
Maliankara, próxima à vila de
Moothakunnam, na região de Paravoor Thaluk, em 52 d.C. Esse vilarejo está localizado a 5km de
Kodungallur, no Estado indiano de
Kerala, e contém as igrejas dedicadas a São Tomé popularmente conhecidas como Ezharappallikal (Sete igrejas e meia). Essas igrejas estão em
Cranganor,
Coulão,
Niranam,
Nilackal (
Chayal),
Kokkamangalam,
Kottakkayal (
Paravoor),
Palayoor (
Chattukulangara) e
Thiruvithamkode – a meia-igreja.
América
Durante os primeiros séculos da colonização na América, vicejou-se a lenda de que São Tomé teria miraculosamente vindo ao novo continente e estabelecido contato com os indígenas. Novamente, como "prova" da passagem do santo, diversos sinais tidos como
pegadas seriam atribuídos a Tomé.
Segundo
Sérgio Buarque de Holanda, em seu Visões do Paraíso, essa seria uma das poucas crenças relacionadas à América cuja origem se dá entre os portugueses, ao passo que os espanhóis teriam mitificado a América com a
edenização, criando diversas lendas para "corroborar" essa idéia, como a
terra das amazonas e a
fonte da juventude (Juventia). Para o autor, isso denotaria o caráter religioso da missão portuguesa e o caráter civilizatório da espanhola. Ainda segundo Holanda, a suposta falta de mitos relacionados à nova terra entre a população portuguesa denotaria sua falta de interesse pela América, mais interessada em extrair recursos das costas e concentrar esforços em
benfeitorias mais lucrativas, na Índia e na
África.
Então com todo esse ''curso intensivo'' sobre São Tomé trago os videos sobre o post que denúncia o total descaso do poder público no munícipio de Presidente Figueiredo, distante de Manaus 107 KM pela BR 174 - AM.
Muita gente só acredita vendo ai estão os videos.
Sua benção São Tomé...
(nunca é demais pedir uma proteção).