Nos dias 10 e 11 de Janeiro do corrente ano, resolvi descansar e esquecer o caos urbano da cidade de Manaus e ir até Novo Airão, localizada há mais ou menos ida e volta 360 km de Manaus, capital do Amazonas.
Depois de perder o horário (pretendia sair as 4:00 da manhã) cheguei a Novo Airão por volta de 11 da manhã.Cheguei a pousada e fui procurar um local para fazer uma refeição, logicamente afim de degustar um bom peixe, infelizmente para minha surpresa tinha de tudo no cardápio, menos peixe ( um verdadeiro absurdo, ainda mais com a localização da cidade as margens do rio Negro).
Após ter que me confortar com o prat0 de ''frango frito'' isso mesmo FRANGO FRITO no interior, como eu já disse peixe não existe, me dirigi ao rio na esperança de ver os ''astros'' locais, os tão falados botos.Ao chegar na praia, eu pasmem vejo essa placa no flutuante onde as ''encantadoras de botos'' que cobram absurdos R$ 15 reais por 6 pedaços de peixe, para o incalto visitante dar aos botos. O absurdo não é pelo fato do boto se alimentar, e sim pela ganância desenfreada das ''encantadoras''.
Quando vi essa placa pensei:
- Eles tem horário de trabalho, devem ter também carteira assinada, décimo terceiro, férias, insalubridade, hora extra e uma outra infinidade de direitos trabalhistas.
Após algum tempo, eu me introsei com os ''nativos'' e fiquei sabendo que o BOTO MAIOR, chefe de família esta numa disputa judicial, com as tais ''encantadoras''. Ele cansado de ser explorado, resolveu junto com sua família ser autonômo, um profissional liberal.
Aparece quando quer no seu ''serviço'' e quebrou o contrato abusivo. É um profissional-liberal.
A par dessa novidade descobri a ''maneira'' para atrair os botos e ver seu espetáculo, pagando apenas ao comerciante local o preço por uma quantidade de peixes ( o famoso Jaraqui), segundo os nativos é a iguaria que os botos apreciam.
Rompendo as amarras da escravidão, o seu Boto e sua família estão praticando não so o Empreendedorismo, como também a distribuição de renda na cidade de Novo Airão.
Só falta a DRT se pronunciar e fazer uma fiscalização rigorosa, se possível junto com o
ministério público federal e o TRT.
A família do BOTO agradece.
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